A educação é um instrumento de transformação
social.
A escola é o
meio de ajudar no processo de superação das desigualdades sociais.
Possui uma
concepção crítica da sociedade capitalista.
A pedagogia
progressista tem-se manifestado em três tendências: a LIBERTADORA, mais conhecida como pedagogia de
Paulo Freire; a LIBERTÁRIA, que reúne os defensores da autogestão pedagógica; a
CRÍTICO-SOCIAL dos CONTEÚDOS que, diferentemente das anteriores, acentua a
primazia dos conteúdos no seu confronto cor as realidades sociais.
As versões
libertadora e libertária têm em comum o antiautoritarismo, aos conteúdos de
ensino. Como decorrência, a prática educativa somente faz sentido numa prática
social junto ao povo, razão pela qual preferem as modalidades de educação
popular “não-formal”.
A tendência
de pedagogia crítico social dos conteúdos propõe uma síntese superadora das
pedagogias Tradicional e Renovada, valorizando a ação pedagógica enquanto
inserida na prática social concreta. Entende a escola como mediação entre o
individual e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos
conteúdos e a assimilação ativa por parte de um aluno concreto (inserido num
contexto de relações sociais); dessa articulação resulta o saber criticamente re-elaborado.
ASPECTOS
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LIBERTADORA
(Paulo
Freire)
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LIBERTÁRIA
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CRÍTICO -SOCIAL DOS
CONTEÚDOS
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Papel da Escola
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Questiona concretamente a realidade das relações
do homem com a natureza e com os outros homens;
Visa a transformação;
“Temas Geradores”;
Necessidades sociais psicológicas e culturais do
aluno.
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Escola exerce uma transformação na personalidade
dos alunos no sentido libertário e autogestionário.
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Preparar o aluno para o mundo adulto e suas contradições,
fornecendo-lhe um instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da
socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da
sociedade.
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Conteúdo
de
Ensino
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Extraídos da vida prática dos educandos;
O importante não é a transmissão de conteúdos
específico, mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida;
Emerge do saber popular;
Existencialismo/ essencialismo
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As matérias são colocadas à disposição do aluno,
mas não são exigidas;
Resultam de necessidade e interesses manifestos
pelo grupo;
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Ligam-se, de forma indissociável, à sua
significação humana e social;
Reavaliados face às necessidades sociais;
Interação entre conteúdos e realidade concreta.
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Métodos de Ensino
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O educador
e o educando possuem uma relação de autêntico diálogo;
Trabalho educativo – grupo de discussão;
O professor é animador, que deve caminhar junto,
intervindo o mínimo possível;
Troca de experiências.
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Trabalha-se de forma grupal (autogestão);
Os alunos têm liberdade de trabalhar ou não,
ficando o interesse pedagógico na dependência de suas necessidades ou das do
grupo;
Elimina-se os livros-textos;
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Adota-se o livro, visando ao desenvolvimento
crítico;
Relaciona a prática vivida pelos alunos com os
conteúdos propostos pelo professor, logo depois, acontece a “ruptura”(não se
ater apenas ao conteúdo)
Vai-se da ação a compreensão a ação, até a
síntese.
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Relacionamento professor - aluno
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Relação horizontal onde o educador e o educando se posicionam como
sujeitos do ato de conhecimentos não autoritário e não diretivo;
Diálogo
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Não diretiva, sem obrigações e ameaças;
O professor é um orientador e catalizador
(dinamizador), ele se mistura ao grupo para uma reflexão comum, não devendo
impor suas concepções e idéias,não podendo transformar o aluno em um
“objeto”.
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Abrir perspectivas a partir dos conteúdos
relacionados com o estilo de vida dos alunos, tendo consciência inclusive dos
contrastes entre sua própria cultura e a do aluno;
Há a diretividade (não autocrática).
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Pressuposto da Aprendizagem
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“Educação problematizadora” como força motivadora
da aprendizagem;
Aprender é um ato de tomar conhecimento da realidade
concreta e só tem sentido se resulta de uma análise crítica dessa realidade.
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A motivação está no interesse de crescer dentro
da vivência grupal;
Aprendizagem informal, via grupo e a negação de
toda a forma de expressão;
Somente o experimentado é usado em situações
novas.
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Aprender é desenvolver a capacidade de processar
informações e lidar com os estímulos do ambiente, organizando os dados
disponíveis da experiência;
Aprendizagem significativa;
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Prática Escolar
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Tem influência expressiva dos movimentos
populares e nos sindicatos;
(embora se restrinja à educação de adultos ou à
educação popular em geral, muitos professores colocam em prática em todos os
graus de ensino);
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Abrange quase todas as tendências não autoritárias
em educação, entre elas, a anarquista, a psicanalista, a dos sociólogos e a
dos professores progressistas;
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Propõe modelos de ensino voltados para a
interação conteúdos-realidades sociais, procurando articular o político e o
pedagógico, ou seja, “a educação a serviço da transformação das relações de
produção”.
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Outras
Características
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Denominados temas geradores, são extraídos de
problematização da prática de vida dos educandos.
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A negação de toda forma de repressão visa
favorecer o desenvolvimento de pessoas mais livres.
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Os métodos subordinam-se aos conteúdos.
Relação diretiva, o professor é um mediador.
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Representantes
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Paulo Freire
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C. Freinet, Miguel Gonzalez Arroyo
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José Carlos Libâneo,
Makarenko, Manacorda, Snyders, B. Charlot,
Dermeval Saviani
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Situar
o ensino centrado no professor e o ensino centrado no aluno em extremos opostos
é quase negar pedagógica porque não há um aluno, ou grupo de alunos, aprendendo
sozinho, nem um professor ensinando para às paredes. Há um confronto do aluno
entre sua cultura e a herança cultural da humanidade, entre seu modo de viver e
os modelos sociais desejáveis para um projeto novo de sociedade. E há um
professor que intervém, não para se opor aos desejos e necessidades ou à
liberdade e autonomia do aluno, mas para ajudá-lo a ultrapassar suas
necessidades e criar outras, para ganhar autonomia, para ajudá-lo no seu
esforço de distinguir a verdade do erro, para ajudado a compreender as
realidades sociais e sua própria experiência.
Fonte: José Carlos Libâneo – Democratização da
Escola pública – 19ª edição.
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