Os quatro pilares da Educação são conceitos de fundamento
da educação baseado no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século
XXI, coordenada por Jacques Delors.
No relatório editado sob a forma do livro: "Educação:Um Tesouro a
Descobrir" de 1999 [1], a discussão dos "quatro
pilares" ocupa todo o quarto capítulo, da página 89-102, onde se propõe
uma educação direcionada para os quatro tipos fundamentais de educação:
aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver com os outros, aprender
a ser, eleitos como os quatro pilares fundamentais da educação.
O ensino, tal como o conhecemos, debruça-se essencialmente sobre o
domínio do aprender a conhecer e, em menor escala, do aprender a fazer. Estas
aprendizagens, direcionadas para a aquisição de instrumentos de compreensão,
raciocínio e execução, não podem ser consideradas completas sem os outros
domínios da aprendizagem, muito mais complicados de explorar, devido ao seu
caráter subjetivo e dependente da própria entidade educadora.
Proceder-se-á de seguida a uma breve dissertação sobre cada tipo de
aprendizagem deloriana.
Aprender a Conhecer
Esta aprendizagem refere-se à aquisição dos
“instrumentos do conhecimento”.
Debruça-se sobre o raciocínio lógico,
compreensão, dedução, memória, ou seja, sobre os processos cognitivos
por excelência. Contudo, deve existir a preocupação de despertar no estudante,
não só estes processos em si, como o desejo de desenvolvê-los, a vontade de
aprender, de querer saber mais e melhor. O ideal será sempre que a educação
seja encarada, não apenas como um meio para um fim, mas também como um fim por
si. Esta motivação pode apenas ser despertada por educadores competentes,
sensíveis às necessidades, dificuldades e idiossincrasias dos estudantes, capazes de lhes
apresentarem metodologias adequadas,
ilustradoras das matérias em estudos e facilitadoras da retenção e compreensão
das mesmas.
Pretende-se despertar em cada aluno a sede de
conhecimento, a capacidade de aprender cada
vez melhor, ajudando-os a desenvolver as armas e dispositivos
intelectuais e cognitivos que lhes permitam construir as suas próprias opiniões
e o seu próprio pensamento crítico.
Em vista a este objetivo, sugere-se o incentivo, não apenas do
pensamento dedutivo, como também do intuitivo, porque, se é importante ensinar
o “espírito” e método científicos ao estudante, não é menos importante
ensiná-lo a lidar com a sua intuição, de modo a que possa chegar às suas
próprias conclusões e aventurar-se sozinho pelos domínios do saber e do
desconhecido.
Aprender a Fazer
Indissociável do aprender a conhecer, que lhe confere as bases teóricas,
o aprender a fazer refere-se essencialmente à formação técnico-profissional do
educando. Consiste essencialmente em aplicar, na prática, os seus conhecimentos teóricos.
Atualmente existe outro ponto essencial a focar nesta aprendizagem, referente à
comunicação. É essencial que cada indivíduo saiba
comunicar. Não apenas reter e transmitir informação mas também interpretar e
selecionar as torrentes de informação, muitas vezes contraditórias, com que
somos bombardeados diariamente, analisar diferentes perspectivas, e refazer as
suas próprias opiniões mediante novos fatos e informações.Aprender a fazer
envolve uma série de técnicas a serem trabalhadas. • Aprender a conhecer,
combinando uma cultura geral, suficientemente vasta, com a possibilidade de
trabalhar em profundidade um pequeno número de matérias. O que também
significa: aprender a aprender, para beneficiar-se das oportunidades oferecidas
pela educação ao longo de toda a vida.
Aprender a viver com os outros
Este domínio da aprendizagem consiste num dos maiores desafios para os
educadores, pois atua no campo das atitudes e valores. Cai neste campo o
combate ao conflito, ao preconceito, às
rivalidades milenares ou diárias. Se aposta na educação como veículo de paz,
tolerância e compreensão; mas como fazê-lo?
O relatório para UNESCO não oferece receitas, mas avança uma proposta
baseada em dois princípios: primeiro a “descoberta progressiva do outro” pois,
sendo o desconhecido a grande fonte de preconceitos, o conhecimento real e
profundo da diversidade humana combate diretamente este “desconhecido”. Depois
e sempre, a participação em projetos comuns que surge como veículo preferencial
na diluição de atritos e na descoberta de pontos comuns entre povos,
pois, se analisarmos a História Humana,
constataremos que o Homem tende a temer o desconhecido e a aceitar o
semelhante.Hoje em dia os alunos tem que respeitar os professores como eles são
respeitados em casa assim deve ser a manifestação do aluno.
Aprender a ser
Este tipo de aprendizagem depende diretamente dos outros três.
Considera-se que a Educação deve ter como finalidade o desenvolvimento total do
indivíduo “espírito e corpo, sensibilidade, sentido estético, responsabilidade
pessoal, espiritualidade”.
À semelhança do aprender a viver com os outros, fala-se aqui da educação
de valores e atitudes, mas já não direcionados para a vida em sociedade em particular, mas concretamente para o
desenvolvimento individual.
Pretende-se formar indivíduos autônomos, intelectualmente ativos e independentes,
capazes de estabelecer relações interpessoais,
de comunicarem e evoluírem permanentemente, de intervirem de forma consciente e
proativa na sociedade.
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
0 comentários:
Postar um comentário